quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Robocop Gay

Um tanto quanto másculo
Ai, e com M maiúsculo
Vejam só os meus músculos
Que com amor cultivei
Minha pistola é de plástico (quero chupar-pa)
Em formato cilíndrico (quero chupar-pa)
Sempre me chamam de cínico (quero chupaar...)
Mas o porquê eu não sei (quero chupar-pa)
O meu bumbum era flácido
Mas esse assunto é tão místico
Devido a um ato cirúrgico
Hoje eu me transformei
O meu andar é erótico (silicone yeah! yeah!)
Com movimentos atômicos (silicone yeah! yeah!)
Sou um amante robótico (silicone yeeah...)
Com direito a replay (silicone yeah!)
Um ser humano fantástico
Com poderes titânicos
Foi um moreno simpático
Por quem me apaixonei
E hoje estou tão eufórico (doce, doce, amor)
Com mil pedaços biônicos (doce, doce, Amor)
Ontem eu era católico (doce, doce, amoor...)
Ai, hoje eu sou um GAY!!!
Abra sua mente
Gay também é gente
Baiano fala "oxente"
E come vatapá

Você pode ser gótico
Ser punk ou skinhead
Tem gay que é Mohamed
Tentando camuflar:
Allah, meu bom Allah!
Faça bem a barba
Arranque seu bigode
Gaúcho também pode
Não tem que disfarçar
Faça uma plástica
Aí entre na ginástica
Boneca cibernética
Um robocop gay...
Um robocop gay,
Um robocop gay.
Ai... Eu sei,
Eu sei
Meu robocop gay...
Ai como dói!





Robocop gay- Mamonas Assassinas
A música Robocop gay interpretada pelo grupo Mamonas Assassinas, foi escrita por seus integrantes Dinho e Júlio, em 1995. Robocop Gay foi um dos maiores hits da banda Mamonas Assassinas, tornando-se um grande sucesso na época. Foi a 76ª música mais tocada no país no ano de 1995. Foi a primeira música da banda a fazer parte da trilha sonora de uma telenovela brasileira: Caminhos do Coração, exibida pela Rede Record em 2007/2008,  este fato acabou gerando vários protestos de sites e blogs na internet ligados a grupo de LGBTs.
A música é uma critica ao preconceito, principalmente preconceito homofóbico, que é um tipo de preconceito transmitido por religião e antigamente até pela mídia, ele vai contra ideologias aceitas por quase toda a população que até hoje existe alguns com o mesmo preconceito.
A letra da música declara que o homossexual também é gente, o que quer dizer que ele não tem que sofrer preconceitos, deve ser respeitado como todos, tendo todos os direitos de um cidadão comum, o que ele é. Deve ser tratado como qualquer ser humano, sem diferenças.
Também se diz de outros preconceitos que são culturais e sociais, como gostos e estilos, tanto faz se é rockeiro, skinhead, funkeiro, cristão, punk, entre outros. Todos devem ser respeitados, todo tem os mesmos direitos e deveres, todos somos seres humanos.
A música quebra as ideologias de preconceito. Diz que deve se aceitar todas as diferenças, raças, etnias, religiosidade entre outros.
A sociedade em que vivemos possui muita dificuldade em aceitar o diferente, pois o diferente assusta, é muito difícil lidar com as diferenças, mas ninguém é igual a ninguém, cada um com suas particularidades. Devemos aprender aceitar e lidar melhor com as diferenças de cada um.
Segundo o sociólogo Paulo Irineu Barreto, diferentemente do que muitos pensam a música não tem um cunho preconceituoso, e deve ser entendida como uma espécie de hino pela tolerância. Ele diz: "Robocop Gay é um super-herói da alteridade. Essa possibilidade, combinada com a crítica social feita pela banda, revela um aspecto, no mínimo, genial dos Mamonas, pois alude ao fato de que nem toda a tolerância é legítima, ou deve ser tolerada. Deve-se tolerar as diferenças culturais, étnicas, religiosas; por outro lado, não se deve tolerar a hipocrisia, a má fé e a injustiça social."

Beatriz Alborgheti

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